segunda-feira, abril 17, 2006

Vieste sem eu notar, e tiraste-me o sol.
Acordaste-me de um sonho e jamais voltarei a adormecer.
Brincaste e viveste a vida que eu deveria ter agarrado. Quando a quis de volta, já a havias destruído.
Vieste e eu não me preparei. Partiste... E voltaste outra vez.
Encontraste-me e fizeste-me pensar que seria feliz.
Queres o quê afinal?
Pisar-me?
...Abraçar-me?
Quero que saias daqui e não voltes mais... A tua cara impede-me de pensar, o teu cheiro impede-me de pensar.
Tu impedes-me de viver.
Mas não consigo viver sem ti.

Por a teres acabado, transformei-te na minha vida.
Destruiste o mundo perfeito que tinha imaginado para mim. E porque o fizeste?
Porque sim.
Queres lutar comigo? Assim seja.
Queres amar-me? Mesmo que o queiras, não podes fazê-lo... Simplesmente porque no lugar do coração tens um buraco negro que suga todos os sentimentos... Os meus e os teus... Sejam bons ou maus.
E não é isso que me faz falta.

Vieste sem eu notar, e apagaste a noite.
Arrancaste-me o medo, a escuridão...a coragem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Às palavras... Ao vento... Às nuvens... Pede-lhes que te levem para longe! - "diz o roto ao nu".
Digo eu que não sei também a que me hei-de agarrar.
Se a música te salvar como me salva a mim... Talvez possa ser uma forma de resistir à erosão do outro.
Bjinhos
sleepyalice